São levados como folhas ao vento :

sexta-feira, 5 de março de 2010

Light Child - Chapter I

Mitsuko nasceu no primeiro dia da Era de Luz. Tinha olhos de cor de âmbar, cabelo loiro extremamente claro, sua pele era quase branca, um sorriso que deixava a maior parte das pessoas sem fala, era graciosa e possuía uma energia ilimitada. Cresceu de forma invulgar, em dois meses parecia já ter quatro e seus pais extremamente preocupados, pensavam ser alguma doença. Outros diziam ser magia negra mas a criança sofria todos os dias, seus ossos cresciam muito rápido e os seus músculos tinham que se desenvolver rapidamente tornando-se num processo deveras doloroso.
Mitsuko cresceu isolada, sua mãe tinha muito medo que ela se magoasse, e assim sendo, nunca teve muitos amigos para alem da sua família. Era filha única e não tinha familia por perto com crianças de sua idade para que pudesse brincar com elas.
Era uma criança normal, mas não o era, mesmo com o seu crescimento invulgar, Mitsuko sempre fora diferente de todas as outras. Era uma criança extremamente dedicada e empenhada, adorava ler, desenhar e criar historias.
Certo mês, ela foi para a escola, todas as crianças sabiam quem era Mitsuko, por isso afastavam-se dela como se ela fosse portadora de uma doença contagiosa. Os professores excluíam-na nas suas aulas e por vezes ignoravam na quando ela pedia para responder as questões que estes colocavam.
Mitsuko passava as aulas a observar os seus colegas a responderem erradamente as perguntas dos professores, enquanto ela sabia perfeitamente qual era a resposta. Observava os pássaros na rua a voarem em liberdade e desejou poder voar com eles. As suas asas eram pequenas, simples, frágeis, o seu amarelo torrado davam lhes tons de beleza ao serem iluminados pelos raios de sol que passam por entre as folhas verdes das árvores majestosas que havia no jardim da escola, continham um ar antigo e gracioso, as suas folhas eram como ondas do mar, levadas pelo vento, a relva no chão, verde. com flores de diversas cores. O pátio da escola era lindo aos olhos de Mitsuko, enquanto os seus colegas falavam mal das instalações, ela adorava o local. Examinava tudo a sua volta, as cores faziam com que ela reflectisse como tudo havia sido criado, os seus formatos e texturas, tudo fazia seus olhos brilharem de alegria.
Anos passaram e seus pais tiveram um filho, ele tinha cabelo castanho, olhos verdes e sua pele era dourada, o que mais se destacava nele era um sinal que ia das suas costas até a barriga, tinha a forma de um dragão e parecia ser uma tatuagem, o que tornou a família ainda mais esquisita aos olhos dos vizinhos. Mitsuko ficou rejubilada, era como se todos os seus desejos se tivessem concretizado, ter um irmão para ela significava ter alguém com quem brincar, alguém que não a visse como uma anormal, alguém que pudesse partilhar todos os seus sentimentos.
Seus pais viram o quão Mitsuko o adorava e decidiram dar-lhe a possibilidade de escolher o nome de seu irmão. Mitsuko pensou durante vários dias, escreveu uma lista inteira de nomes, após eliminar vários dos nomes, decidiu dar-lhe o nome de Kohaku. Mitsuko estava sempre com Kohaku, eram inseparáveis, onde um fosse, o outro tinha que ir.
Anos passaram e o crescimento de Mitsuko parou, ela agora tinha aparecia de uma criança de dezasseis anos e Kohaku tinha quatro anos, seus pais prepararam uma festa de aniversario para ambos, todas as pessoas da vila foram convidadas e todas elas foram. A festa correu espantosamente bem e quando chegou à hora das pessoas se irem embora, Mitsuko era a criança mais feliz de toda a Terra. Todas as outras crianças brincavam com ela como se ela não tivesse problema algum, Kohaku ficava feliz por ver sua irmã tão contente. O dia passou rápido e Mitsuko foi se deitar. Adormeceu passados vinte minutos mas foi acordada com um ruído ensurdecedor, era um barulho como o de um impacto por isso Mitsuko foi logo a rua ver o que se havia passado. Não havia ninguém na rua, parecia que ninguém tinha ouvido ou sentido o impacto. Mitsuko seguiu um rasto de fumo. Ao chegar la viu uma cratera, no centro dela havia uma rocha com um tom dourado, Mitsuko escondeu se atrás de um tronco partido, esperou durante uns momentos até ter a certeza que não havia perigo, depois, desceu e com um ramo tocou na pedra, esta não teve reacção, e nada aconteceu ao ramo por isso, Mitsuko tocou-lhe com a palma da mão, a rocha era fria e lisa.
De súbito, um calor envolveu a pedra, num instante, outrora fria, esta ardia e Mitsuko retirou a mão. A pedra continuava a aquecer, aqueceu tanto que ganhou uma tonalidade laranja. Com o calor, a pedra rachou e da racha saia uma luz de tal potencia que só olha-la cegava qualquer olho humano, que tornava a noite em dia sem qualquer problema, no entanto, Mitsuko olhava para a luz como se nada a perturbasse, os seus olhos cor de âmbar fitavam a pedra e a luz que subia a sua frente. Ela conseguiu destacar uma esfera no centro desta luz, a esfera vibrava, era como se a vida de todo o mundo saísse de si.
Segundos passaram até que a luz entrou num transe e elevou-se a uma altura que nem os mais fortes e poderosas criaturas chegavam, ultrapassou a barreira que dividia a Terra do Espaço.
Parou, ficou imóvel como que a olhar para o planeta, agora, toda a Terra estava iluminada, no entanto ninguém saia a rua para ver o que se passava.
A luz começou a descer, suavemente como uma pluma a descer no céu. Passados uns momentos, aumentou a velocidade e caiu como uma flecha, Mitsuko não se conseguia mover, nem era esse o seu desejo. Ela olhava a esfera sem conseguir deixar de a observar. Cada vez mais próximo do chão, aquela coisa desconhecida parecia estar mesmo em cima de Mitsuko.
Para ela, tudo parecia durar uma eternidade. Ela piscou os olhos uma vez e a esfera bateu nela e tudo ficou preto.
Acordou na sua cama, sua mãe estava a seu lado olhando a com um ar preocupado, seu irmão estava aos pés da cama a brincar com uns cubos de múltiplas cores. Ao Ver Mitsuko acordar, tanto sua mãe como seu irmão lançaram-se a ela.
- Maninhaaaa - gritou Kohaku.
- Ahhhh, tão me a esmagar! O que fazem no meu quarto a esta hora? Deviam estar a durmir!
Sua mãe olhou a com lágrimas nos olhos.
- Não te lembras de nada?
- Lembro me da luz, além disso não me lembro de mais nada.
- Tu estás inconsciente a três semanas!
- O que?!?! Não pode ser! Foi ontem que brinquei com a luz!
- Qual luz?
- Ontem caiu um meteorito no bosque, vocês não ouviram, nem sentiram nada?
- Não caí meteoritos no Reino desde que os Magos lançaram um escudo protector! É impossível que algum tenha passado por essa barreira e não se ter tornado em pó!
- Mas eu não estou a mentir, eu vi, eu senti! Até saiu de lá a luz, parecia estar tão feliz a dançar! Depois, ela caiu em mim e só me lembro de acordar aqui, nem o tempo que passei a dormir pareceu muito. Nem sonhos tive, eu tenho a certeza que tudo se passou ontem!
- Filha, não brinques com coisas serias, o teu pai encontrou te no bosque, ah três semanas atrás, se não fosse pelos teus movimentos enquanto dormias, já te tínhamos sepultado, tive tanto medo! Por favor, não brinques com esse assunto e quando falares com o teu pai diz lhe obrigado e esquece nesse assunto! Entendido?
- Sim mãe.

Chapter II - Vai ser escrito noutra mensagem, fazendo, assim, as mensagens mais curtas.

1 comentário:

  1. Grandes textos :D

    adorei mesmo :P

    continua porque quero ler mais :c

    bjim :)

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